segunda-feira, 30 de julho de 2007

Ciclo IDEA (Investigação Design Execução Ajuste)

Em evolução ao ciclo PDCA (Plan Do Check Action) a University of Toyota que possui como conselheiro Matthew E. May propõe um novo ciclo chamado IDEA que retrata uma nova forma de pensar sobre o ciclo de produção enxuta. Em primeiro lugar deve-se:
1)INVESTIGAR: Fatos, questões, informações, sintomas, observações e dados - com o objetivo de descrever, definir e enteder a profundidade e a amplitude da situação real, com o uso de gráficos e apresentação visual, proporcionando um diagnóstico do problema, desafio ou oportunidade.
2)DESIGN: Realizar uma projeção no que se refere ao tema e ao resultado da investigação ou como seria a resolução perfeita do problema. Estabelecendo uma lista de idéias, soluções, opções, e contramedidas para chegar ao estado futuro com uma descrição fiel da melhor solução.
3)EXECUÇÃO: Estabelecendo metas básicas com indicadores específicos de sucesso: metas, objetivos, medidas e seus respectivos resultados esperados. Nesta etapa deve-se implementar uma visão geral dos passos básicos em um plano-piloto simples. Aguardando um impacto esperado e um efeito no sistema e estrutura, com benefícios mensuráveis aos clientes.
4)AJUSTE: Para finalizar o processo deve-se realizar uma reflexão ou feed-back sobre o que funcionou, o que não funcionou - e por que sim ou por que não com implicações e recomendações para o futuro com novas percepções adquiridas, novas questões a considerar e resolver.

Sendo o ciclo IDEA apenas uma melhoria/evolução do antigo ciclo PDCA.

domingo, 15 de julho de 2007

Coordenação Modular. Uma boa idéia!

A coordenação modular é um conceito relativamente simples de ser adotado, porém dificilmente será útil se o mesmo não for incorporado por toda a cadeia produtiva da construção civil. Na União Européia este conceito já esta sendo amplamente discutido desde a década de 70, e o Brasil curiosamente foi um dos primeiros países a adotar este conceito a 50 anos atrás, porém o mesmo nunca foi utilizado efetivamente.

Bom a coordenação modular nada mais é do que produzir todos os produtos relacionados a indústria da construção civil em módulos de 10 cm. Ou seja uma porta somente poderá ser produzida se ela tiver dimensões como 80 X 210 e em hipótese nenhuma poderá ser produzida com dimensões do tipo 82 X 207 ou qualquer outro valor que não seja multiplo de 10 cm.

Obviamente cada material necessita de uma determinada folga que pode ser incorporada ao produto de maneira que o mesmo se encaixe com perfeição no espaço adequado, ou seja, no exemplo anterior a porta será produzida com 79 X 209 e o vão terá 80 X 210 dessa forma o objeto se encaixará perfeitamente sem a necessidade de ajustes.

Sendo que a grande vantagem da coordenação modular é redução brusca dos índices de perdas por conta de cortes nos canteiros de obras. Outra grande vantagem seria em função da quebra de paradigma que algumas industrias impõem ao mercado da construção como a industria das cerâmicas que a cada troca de estação substituem toda a linha produtiva por peças dos mais variados tamanhos e cores somente para aumentar o faturamento nas vendas.

Porém este conceito deve ser incorporado principalmente pelos projetistas, construtores, industria e por orgãos reguladores que podem indicar as melhores soluções em módulos de 10cm. Mas a grande tristeza é que nas universidades brasileiras este conceito dificilmente é abordado, porém novos trabalhos estão sendo desenvolvidos para tentar mudar essa realidade.

TIC 2007, 11 e 12 julho Porto Alegre - Comentários

O primeiro dia do evento foi dedicado aos painéis que discutiram a Interoporabilidade em Arquitetura. Engenharia e Construção com a presença de palestrantes internacionais possibilitando uma visão global sobre o assunto. Muito se falou sobre BIM (Building Information Modeling) sendo explicitado as diversas vantagens em relação aos atuais sistemas utilizados pelos escritórios de projetos brasileiros (sendo a maioria usuário de programas baseados em desenhos com geometria 2D em oposição aos modelos nD tipo BIM largamente utilizado nos países nórdicos). Outro grande assunto foram sobre os aspectos relacionados a ontologia na Engenharia e como adequar estes parâmetros aos complexos ambientes criados pela TIC na construção.
Obteve presença marcante os casos de sucesso das empresas de engenharia no mercado nacional com a apresentação do Eng. Luis Ricardo Velho, Matec Engenharia e do Eng. Antonio Vellasco Filho, Promon Engenharia, que relatou a evolução da organização da TI no decorrer da história de vida da Promon desde a maneira como os arquivos eram manipulados individualmente de forma isolada, até as novas perspectivas de um banco de dados em forma de Data Warehouse.

O segundo dia do encontro foi marcado pela apresentação dos trabalhos acadêmicos que indicam os novos rumos a serem explorados além de uma apresentação das pesquisas já em adamento, demostrando este ser um evento de grande porte e que contava com algumas das maiores autoridades no assunto TIC tanto no Brasil como no exterior. Parabéns aos organizadores!

Encontro Nacional TIC 2007, Porto Alegre 11 e 12 julho

O III Encontro Tecnologia da Informação e Comunicação na Construção Civil - TIC2007 é um evento promovido pela ANTAC - Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído que busca reunir representantes da comunidade acadêmica e do setor produtivo da cadeia da construção civil envolvidos na análise, desenvolvimento e aplicação da Tecnologia da Informação e Comunicação a este setor. Seus principais objetivos são divulgar e discutir os avanços recentes destas tecnologias, promovendo a articulação de ações entre pesquisadores e empresas que atuam no setor.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Mercados Emergentes

É incrível, o mercado da construção civil disparou! Nunca as possibilidades foram tantas desde o milagre econômico da década de 70, as siderúrgicas já anunciam a possibilidade de falta de aço para a construção civil nas grandes capitais brasileiras. Os empreendedores estão corajosos acreditando em uma boa perspectiva econômica para os próximos anos. Este não é um fenômeno exclusivo do mercado brasileiro. Paralelamente outra região que cresce em progressão geométrica são os locais movidos a força do petróleo no oriente médio, como em Dubai (veja vídeo acima). Apesar destes dois mercados não possuirem influência direta um sobre o outro vale lembrar que em tempos de globalização as possibilidades se multiplicam, inclusive com construtoras brasileiras prestando serviços nestes dois mercados emergentes.