quarta-feira, 16 de março de 2011

A Hierarquia das Necessidades

Segue abaixo um pequeno trecho da autora Adelice Leite de Godoy no site (www.cedet.com.br). no qual é definido a teoria de Maslow e um ponto crítico a esta Teoria. No final deste texto faço um vínculo com as necessidades das estruturas coletivas e corporativas. Boa leitura:

"O comportamento humano é explicado por Maslow através de cinco níveis de necessidades. Estas necessidades são dispostas em ordem hierárquica, desde as mais primárias e imaturas (tendo em vista o tipo de comportamento que estimulam) até as mais civilizadas e maduras

Na base da pirâmide, encontra-se o grupo de necessidades que Maslow considera ser o mais básico e reflexivo dos interesses fisiológicos e de sobrevivência. Este é o nível das necessidades fisiológicas, que estimulam comportamentos caracterizados pelo verbo ter.

O segundo nível da hierarquia é constituído por uma série de necessidades de segurança. Uma vez atendidas as necessidades fisiológicas, a tendência natural do ser humano será a de manter. Na seqüência, quando a segurança é obtida, surgem as necessidades de pertencer a grupos, associar-se a outras pessoas, ou seja, de se igualar. Estas necessidades são chamadas de sociais ou de associação. O passo seguinte na escala de necessidades é o da estima ou de “status”. Neste ponto, as necessidades de destaque, proeminência, reconhecimento e admiração por parte do grupo são manifestadas por ações que buscam diferenciar.

Embora as necessidades de estima sejam difíceis de serem superadas, dada sua dependência à receptividade de terceiros, Maslow sugere que em alguns casos elas podem ser adequadamente satisfeitas, liberando assim os indivíduos para atingir o nível mais alto da hierarquia. Quando isto ocorre, as necessidades de maximizar as potencialidades e de testar a própria capacidade farão com que as ações do indivíduo sejam dirigidas em busca do vencer. Este é o nível das necessidades mais maduras e construtivas da hierarquia de Maslow, conhecidas como necessidades de auto-realização
Análise Crítica da Hierarquia das Necessidades de Maslow:


Embora esta referência seja amplamente utilizada, podemos observar que as necessidades humanas descritas por Maslow podem ser consideradas motivações humanas, ou seja, são as diversas necessidades que fazem com que o homem tenha motivação para agir.

No entanto, é bastante questionável o fato de que exista uma hierarquia de tais necessidades.

É evidente que a necessidade de alimentação, vestuário, abrigo é em grande parte a motivação para o trabalho. No entanto, não é correto afirmar que somente no momento em que estas necessidades estão satisfeitas é que o homem passará a outros patamares da pirâmide.

Não é rara a existência de pessoas que abrem mão das suas necessidades básicas em função de um sonho, de uma auto-realização, pervertendo totalmente o sentido hierárquico da pirâmide.

Se tomado, por exemplo, a necessidade de associação. De acordo com a hierarquia das necessidades propostas pela pirâmide, esta etapa somente se tornaria uma motivação após outras necessidades terem sido satisfeitas, como por exemplo, as necessidades básicas e as necessidades de segurança. No entanto, os seres humanos vivem em comunidade e buscam associar-se ao mesmo tempo em que buscam satisfazer suas necessidades fisiológicas e de segurança. A família, muitas vezes, é uma fonte de motivação muito mais forte para determinados indivíduos que a satisfação de uma necessidade física, a associação muitas vezes é necessária para garantir a segurança física das pessoas.

Um outro fator gerador de motivação que citaremos é o que Viktor Frankl chamou de “vontade de sentido”. Viktor Frankl foi um médico e psiquiatra austríaco, fundador da escola da Logoterapia, que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência.

Segundo Frankl, o ser humano vive motivado, fundamentalmente, pela vontade de realizar sentido na vida; para isso, o homem deve se empenhar na realização de valores na forma de criações, vivências e atitudes"
 
Baseado nas duas teorias citadas acima podemos também estabelecer necessidades a uma estrutura de grupo ou corporação, desde as necessidades mais primárias até as mais evoluídas.
 
Vamos focar e estabelecer o vínculo no que se refere ao corporativismo. Considerando que uma empresa é formada por um grupo de pessoas que se destinam a produzir um bem ou serviço afim de suprir uma necessidade humana e que toda empresa para que possa exisitir deve primariamente ter um objetivo no qual colocamos este na base de nossa pirâmide de necessidades.
 
Posteriormente indico que os objetivos são cumpridos a medida que as missões são resolvidas. Entende-se missões também como projetos ou contratos. Sendo estas missões que trazem a rentabilidade a empresa.
 
O próximo nível de necessidades de uma empresa é ter uma visão no que se refere ao futuro da empresa. Como a corporação se enxerga e traça seus objetivos e missões futuras, nesta etapa se encontra o planejamento estratégico.
 
O último nível da pirâmide pode ser descrito como o desafio nesta estrutura é o nível mais avançado. Pois é nesta etapa em que se estabelece o processo de superação e a consequente consagração de uma empresa ao cumprir com o plano estratégico e com o restante dos níveis já citados anteriormente.
 
A pirâmide abaixo reflete este pensamento indicando que as necessidades individuais não se equivalem as necessidades coletivas devido a diversidade humana:
 
Um abraço
Msc. Eng. Bruno Soares de Carvalho

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