quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Curso de aperfeiçoamento de compradores II

A experiência de ministrar cursos, possibilita um aprendizado diferenciado, pois é possível aprender através do convívio com seus alunos. Cada um com uma história de vida e com uma determinada postura profissional. A junção destes diferentes profissionais conversando sobre um único tema possibilitou a todos os participantes agregar uma diversidade de informações sobre departamento de suprimentos.
Neste curso procurei trazer a experiência profissional dos compradores e ao mesmo tempo situa-los frente a construção enxuta (leia mais sobre este assunto nas postagens anteriores). Esta mistura de novos conceitos sobre gestão da produção, aliado com a visão de mercado destes profissionais pode resultar em grandes benefícios para as construtoras do Projeto Construindo o Futuro que acreditaram na qualidade e seriedade do curso.

Obrigado aos 15 alunos que contribuiram para a realização do mesmo.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Curso de aperfeiçoamento de compradores

Estarei ministrando um curso gratuito de aperfeiçoamento de compradores para as empresas filiadas ao programa Construindo o Futuro I no SENAI-PR entre os dias 05/11/07 e 30/11/07. Este curso irá enfatizar a aplicação de técnicas Lean no departamento de suprimentos de uma empresa construtora. Interessados favor entrar em contato com http://www.fiepr.org.br/ - fernanda.gurski@pr.senai.br. As aulas serão segundas quartas e sextas das 18h40 até as 22h10.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Como implantar a filosofia Lean

Para se implantar a filosofia Lean em qualquer atividade é recomendado seguir alguns passos que facilitarão no processo de quebra de paradigma entre a situação atual e a situação pretendida.
Primeiramente deve ser realizado um período de sensibilização com introdução do Lean Thinking. Este processo deve ser bem fundamentado para criar expectativas e proporcionar apoio de todos os envolvidos. Posteriormente deve ser realizado um mapeamento do fluxo de valor com a elaboração de um diagnóstico sobre a situação atual do processo.
A implementação deve buscar fluxo contínuo das atividades, informações e processos. Buscando padronização no trabalho, com um sistema "puxado" (just-in-time) e com a produção nivelada.
Este processo necessita ser dominado pela equipe envolvida pois a manutenção necessita ser prática, rápida e barata, ou seja, deve partir de dentro da equipe envolvida. Procurando enxugar estoques e fazer mais produtos e mais serviços com menos processos, menos pessoas, menos máquinas e consequentemente menos dinheiro.

Lembre-se que para o sucesso desta filosofia de trabalho, não há descanso nunca pois sempre é possível melhorar. Se existir comodismo, estabilidade e imobilidade dentro da equipe o pensamento enxuto ou "lean thinking" não é praticado.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Construindo o Futuro - Grupo de tecnologia

Conforme a ultima reunião do grupo de Tecnologia do Projeto Construindo o Futuro II. Foram definidas as metas a serem atingidas com os respectivos cronogramas e custos necessários para a implantação dos planos de ação durante o ano de 2008. Os planos de ações propostos são os seguintes:
  • Coordenação modular - Mudança de paradigma na cadeia produtiva
  • E- Market - Aplicação do sistema no departamento de compras
  • Lean Construction - Aplicação dos princípios nas construtoras
  • Plantraker - Aplicação do planejamento e controle de produção nas construtoras
  • Revisão de projeto - Mudança de paradigma na contratação de projetos
  • Critérios de desempenho nas edificações - Orientações sobre a nova Normativa

Com estes temas propostos nós do grupo de Tecnologia pretendemos atingir os ramos de Tecnologia da Informação; Processos construtivos; Projetos e Normas futuras. Possibilitando as construtoras do projeto um amplo campo de aplicação de tecnologias da construção civil

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Práticas sobre Planejamento e Controle da Produção

Para realizar um bom trabalho de planejamento e controle da produção são recomendadas algumas práticas a serem seguidas, que auxiliarão para se obter resultados mais eficientes no processo de PCP. Estas práticas são listadas a seguir e para aqueles que possuem mais interesse em aprofundar neste estudo vale a pena a leitura da Tese de Maurício Bernardes (2001) Capítulo 8.2 do Grupo NORIE de Porto Alegre :
  1. Padronização do PCP
  2. Hierarquização do planejamento
  3. Análise e avaliação qualitativa do processo
  4. Análise dos fluxos físicos
  5. Análise de restrições
  6. Utilização de dispositivos visuais
  7. Formalização do planejamento de curto prazo
  8. Especificação detalhada das tarefas
  9. Programação de tarefas reservas
  10. Tomada de decisão participativa
  11. Utilização do PPC e identificação das causas dos problemas
  12. Utilização de sistemas de indicadores de desempenho
  13. Realização de ações corretivas a partir das causas dos problemas
  14. Realização de reuniões para difusão das informações

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Construindo o Futuro

O construindo o Futuro é um projeto da comunidade da Construção Civil situada na região de Curitiba. Neste projeto estão envolvidos as seguintes intituições SINDUSCON-PR, o SENAI e o SEBRAE que possuem o papel de intermediadores além de disponibilizar parte dos recursos para a realização do projeto.
O "Construindo o Futuro" propõe melhores práticas na construção, emprego de soluções tecnológicas e combate à informalidade na busca por um mercado sustentável no sentido financeiro, social e ambiental. Para isso foram criados cinco grupos que possuem a responsabilidade de cumprir com as metas propostas. Os grupos são: Mercado, Capacitação, Tecnologia, Parcerias Estratégicas e Políticas públicas.
Esta será a segunda oportunidade que estas instituições proporcionarão o Construindo o Futuro sendo que a primeira oportunidade ocorreu de 2005 a 2007.
A minha participação neste projeto será focada no grupo de Tecnologia, contribuindo para a realização do "Construindo o Futuro" com o compartilhamento de informações e tecnologia entre as mais de 30 empresas participantes.
Os trabalhos somente iniciarão no ano de 2008, porém os diagnósticos da atual situação das empresas participantes iniciará já em 2007.

Boa sorte aos integrantes do segundo Grupo Construindo o Futuro

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Planejamento de pequenas obras

Nos canteiros de obras brasileiros, praticamente não existe planejamento para as pequenas obras. Este fato prejudica o andamento da obra no que se refere aos fluxos de pessoas, financeiro, de atividades, de materiais e principalmente no fluxo de informações. Para aquelas obras que não se utilizam dessa ferramenta organizacional e pretendem-se iniciar nessa prática rotineira, recomenda-se inicialmente algumas atitudes:
1) Deve-se dividir a tarefa em 3 fases distintas iniciando o planejamento pelo plano de curto prazo com duração média de 1 semana. Ou seja planeja-se na sexta o que será feito na semana seguinte e na outra sexta deve-se conferir se o que foi planejado foi cumprido. Sempre conciliando as informações oriundas dos responsáveis pelo empreendimento como encarregados, clientes, engenheiros, etc... Deve-se repetir o processo por 4 semanas para se adaptar a rotina.
2) O segundo passo é realizar o planejamento de médio prazo que tem durtação de 06 semanas sem deixar de realizar o planejamento de curto prazo semanal. Deve-se realizar o procedimento por 2 meses atualizando as planilhas de curto e médio prazo semanalmente, lembrando que a planilha de médio prazo sempre busca um horizonte de 6 semanas.
3) O terceiro e ultimo passo é através das informações obtidas nos planejamento de curto e médio prazo deve-se montar o planejamento de longo prazo que pode englobar todo o empreedimento. Estas informações obtidas devem ser armazenadas para servirem como banco de dados para uma próxima obra. Sendo que em uma outra oportunidade deve-se realizar o planejamento de longo prazo antes do inicio das atividades no canteiro e realizar o planejamento de curto e médio prazo somente para auxiliar no controle do ritmo das atividades planejadas inicialmente.

Como dica recomendo a leitura do Capítulo 02 da tese de Doutorado do Eng. Maurício Bernardes da UFRGS.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Ciclo IDEA (Investigação Design Execução Ajuste)

Em evolução ao ciclo PDCA (Plan Do Check Action) a University of Toyota que possui como conselheiro Matthew E. May propõe um novo ciclo chamado IDEA que retrata uma nova forma de pensar sobre o ciclo de produção enxuta. Em primeiro lugar deve-se:
1)INVESTIGAR: Fatos, questões, informações, sintomas, observações e dados - com o objetivo de descrever, definir e enteder a profundidade e a amplitude da situação real, com o uso de gráficos e apresentação visual, proporcionando um diagnóstico do problema, desafio ou oportunidade.
2)DESIGN: Realizar uma projeção no que se refere ao tema e ao resultado da investigação ou como seria a resolução perfeita do problema. Estabelecendo uma lista de idéias, soluções, opções, e contramedidas para chegar ao estado futuro com uma descrição fiel da melhor solução.
3)EXECUÇÃO: Estabelecendo metas básicas com indicadores específicos de sucesso: metas, objetivos, medidas e seus respectivos resultados esperados. Nesta etapa deve-se implementar uma visão geral dos passos básicos em um plano-piloto simples. Aguardando um impacto esperado e um efeito no sistema e estrutura, com benefícios mensuráveis aos clientes.
4)AJUSTE: Para finalizar o processo deve-se realizar uma reflexão ou feed-back sobre o que funcionou, o que não funcionou - e por que sim ou por que não com implicações e recomendações para o futuro com novas percepções adquiridas, novas questões a considerar e resolver.

Sendo o ciclo IDEA apenas uma melhoria/evolução do antigo ciclo PDCA.

domingo, 15 de julho de 2007

Coordenação Modular. Uma boa idéia!

A coordenação modular é um conceito relativamente simples de ser adotado, porém dificilmente será útil se o mesmo não for incorporado por toda a cadeia produtiva da construção civil. Na União Européia este conceito já esta sendo amplamente discutido desde a década de 70, e o Brasil curiosamente foi um dos primeiros países a adotar este conceito a 50 anos atrás, porém o mesmo nunca foi utilizado efetivamente.

Bom a coordenação modular nada mais é do que produzir todos os produtos relacionados a indústria da construção civil em módulos de 10 cm. Ou seja uma porta somente poderá ser produzida se ela tiver dimensões como 80 X 210 e em hipótese nenhuma poderá ser produzida com dimensões do tipo 82 X 207 ou qualquer outro valor que não seja multiplo de 10 cm.

Obviamente cada material necessita de uma determinada folga que pode ser incorporada ao produto de maneira que o mesmo se encaixe com perfeição no espaço adequado, ou seja, no exemplo anterior a porta será produzida com 79 X 209 e o vão terá 80 X 210 dessa forma o objeto se encaixará perfeitamente sem a necessidade de ajustes.

Sendo que a grande vantagem da coordenação modular é redução brusca dos índices de perdas por conta de cortes nos canteiros de obras. Outra grande vantagem seria em função da quebra de paradigma que algumas industrias impõem ao mercado da construção como a industria das cerâmicas que a cada troca de estação substituem toda a linha produtiva por peças dos mais variados tamanhos e cores somente para aumentar o faturamento nas vendas.

Porém este conceito deve ser incorporado principalmente pelos projetistas, construtores, industria e por orgãos reguladores que podem indicar as melhores soluções em módulos de 10cm. Mas a grande tristeza é que nas universidades brasileiras este conceito dificilmente é abordado, porém novos trabalhos estão sendo desenvolvidos para tentar mudar essa realidade.

TIC 2007, 11 e 12 julho Porto Alegre - Comentários

O primeiro dia do evento foi dedicado aos painéis que discutiram a Interoporabilidade em Arquitetura. Engenharia e Construção com a presença de palestrantes internacionais possibilitando uma visão global sobre o assunto. Muito se falou sobre BIM (Building Information Modeling) sendo explicitado as diversas vantagens em relação aos atuais sistemas utilizados pelos escritórios de projetos brasileiros (sendo a maioria usuário de programas baseados em desenhos com geometria 2D em oposição aos modelos nD tipo BIM largamente utilizado nos países nórdicos). Outro grande assunto foram sobre os aspectos relacionados a ontologia na Engenharia e como adequar estes parâmetros aos complexos ambientes criados pela TIC na construção.
Obteve presença marcante os casos de sucesso das empresas de engenharia no mercado nacional com a apresentação do Eng. Luis Ricardo Velho, Matec Engenharia e do Eng. Antonio Vellasco Filho, Promon Engenharia, que relatou a evolução da organização da TI no decorrer da história de vida da Promon desde a maneira como os arquivos eram manipulados individualmente de forma isolada, até as novas perspectivas de um banco de dados em forma de Data Warehouse.

O segundo dia do encontro foi marcado pela apresentação dos trabalhos acadêmicos que indicam os novos rumos a serem explorados além de uma apresentação das pesquisas já em adamento, demostrando este ser um evento de grande porte e que contava com algumas das maiores autoridades no assunto TIC tanto no Brasil como no exterior. Parabéns aos organizadores!

Encontro Nacional TIC 2007, Porto Alegre 11 e 12 julho

O III Encontro Tecnologia da Informação e Comunicação na Construção Civil - TIC2007 é um evento promovido pela ANTAC - Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído que busca reunir representantes da comunidade acadêmica e do setor produtivo da cadeia da construção civil envolvidos na análise, desenvolvimento e aplicação da Tecnologia da Informação e Comunicação a este setor. Seus principais objetivos são divulgar e discutir os avanços recentes destas tecnologias, promovendo a articulação de ações entre pesquisadores e empresas que atuam no setor.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Mercados Emergentes

É incrível, o mercado da construção civil disparou! Nunca as possibilidades foram tantas desde o milagre econômico da década de 70, as siderúrgicas já anunciam a possibilidade de falta de aço para a construção civil nas grandes capitais brasileiras. Os empreendedores estão corajosos acreditando em uma boa perspectiva econômica para os próximos anos. Este não é um fenômeno exclusivo do mercado brasileiro. Paralelamente outra região que cresce em progressão geométrica são os locais movidos a força do petróleo no oriente médio, como em Dubai (veja vídeo acima). Apesar destes dois mercados não possuirem influência direta um sobre o outro vale lembrar que em tempos de globalização as possibilidades se multiplicam, inclusive com construtoras brasileiras prestando serviços nestes dois mercados emergentes.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Linhas de balanceamento

Algumas obras possuem como principal característica de projeto, a repetição de ciclos de produção. Estes ciclos podem ser identificados como os pavimentos tipos em edificações verticais, as diversas casas de mesmo padrão em um conjunto habitacional horizontal ou até mesmo a realização de um longo trecho a ser pavimentado em uma estrada.
Para otimizar a distribuição das diversas equipes com suas respectivas frentes de serviços pode-se utilizar como ferramenta de planejamento e controle da produção as linhas de balanceamento. Estas linhas de balanceamento, quando bem geridas, buscam proporcionar uma distribuição ótima da equipe em função do ritmo de trabalho de cada equipe em sua respectiva frente de serviço.
Como resultados esperados, evita-se o tempo ocioso pela falta de frentes de serviço, realiza-se uma estimação do tamanho das equipes e o número ideal de equipes para cada tarefa, além de proporcionar organização ao canteiro de obras evitando-se assim que em um mesmo canteiro, sejam abertas diversas frentes de serviços sem que hajam equipes suficientes para trabalhar em cada frente aberta, buscando dar ritmo a produção tornando-a repetitiva e ciclica, de tal forma que o operário possa se concentrar em uma única tarefa sem ter de execer a polivalência de atividades com mobilização e desmobilização de equipamentos e materiais para cada frente de serviço aberta, o que proporciona perda de tempo e produtividade.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Industria de manufatra X Construção Civil

Atualmente as principais pesquisas, no ramo acadêmico, sobre Planejamento e Controle de Produção (PCP) estão direcionadas a produção enxuta. Sendo que este modelo, como já dito anteriormente em outra postagem, é oriundo do modelo desenvolvido pela montadora Toyota. Desta forma, tanto a industria de manufatura como a industria de construção civil buscam com isso diminuir o ciclo de produção, aumentando a produtividade e reduzindo perdas, erros e incertezas. Estabelecendo uma pequena comparação entre a industria de manufatura e a industria da construção civil pode-se dizer que na manufatura o grau de incerteza é menor do que nas obras, pois existe uma cadeia produtiva bem ajustada com um alto grau de mecanização e robótica, já a construção civil é fortemente baseada em uma mão de obra desqualificada e passível a grande quantidade de incertezas, como intempéries e produtividade inconstante. Um dos objetivos secundários deste blog é justamente tentar minimizar esta grande quantidade de incertezas presente nos canteiros de obras brasileiros.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Como evitar problemas contratuais

Existem diversas construtoras pelo Brasil que buscam obras a todos os custos e esquecem muitas vezes que elas devem responder ao contrato pré-establecido. Sendo que estas construtoras não realizam análises orçamentárias adequadas, com planos de ataques bem definidos e com uma estrutura de planejamento de recursos, de riscos e de serviços compatível com a obra a ser realizada.
Em diversas obras os prazos de conclusões dos serviços estão vinculados a multas descritas em contrato por dias de atrasos na entrega da obra. Isto significa que cada etapa do serviço atrasada pode impactar no prazo final e resultar em multas contratuais na qual este tipo de empreiteiro somente vai perceber no momento da medição.
Porém deve-se lembrar que a engenharia necessita ser realizada com qualidade nos serviços, controle de custos e prazos e com uma posterior avaliação dos serviços realizados. Para se obter aprendizado sobre as inovações inseridas na obra e evoluir com os próprios erros cometidos para que os mesmos não se repitam.
Portanto o executor deve sempre ter em mente no momento de fechamento do seu contrato é de estabelecer condições que possibilitem a ele o cumprimento de suas obrigações analisando todos os aspectos cronológicos, financeiros e referentes ao controle de qualidade dos serviços prestados, evitando-se assim desgastes posteriores devido ao não cumprimento do contrato.

domingo, 17 de junho de 2007

PROBRAL: Projeto Brasil X Alemanha

Atualmente estou participando do PROBRAL, sendo que este é um Projeto que reúne as Universidades Federais do Paraná e do Ceará com uma Universidade na Alemanha. Este projeto tem por objetivo analisar o planejamento e controle de produção nas edificações verticais nos canteiros de obras brasileiros e alemães, além de realizar uma análise comparativa através do fluxo de informações e do intercâmbio de pesquisadores entre estes dois universos diferentes em pró de uma possível evolução na maneira como as obras são realizadas tanto no Brasil como na Alemanha.

Produção Enxuta

"Paralelamente ao desenvolvimento dos sistemas de gestão e controle, via computador, na década de 1960, no outro lado do mundo, uma outra forma de se gerenciar as operações industriais estava em gestação. Sob a liderança de Taichi Ohno, uma empresa do Japão, a Toyota Motor Company, buscava uma forma alternativa à produção em massa para gerenciar o sistema de produção. Os princípios da produção em massa não mais se ajustavam à difícil situação econômica e ao mercado incipiente de seu país naquele momento. Surge, então, a "produção enxuta", com princípios diferentes dos da produção em massa, particularmente em relação à gestão dos materiais (matéria-prima, produto em processo, componentes, conjuntos e produtos acabados) e ao trabalho humano nas fábricas. Alguns alicerces desse novo modo de produção, o Just-in-time, a automação (automação com um toque humano), a polivalência dos trabalhadores, o defeito zero, o Kaizen, a produção em pequenos lotes, entre outros, passaram a ser os elementos do paradigma que se firmava. A década de 1970 possibilitou o seu amadurecimento e, durante os anos de 1980, o Japão, com a adoção parcial ou integral da nova forma de produção, alcançou índices de crescimento fantásticos em vários setores econômicos, lançando o país numa época de prosperidade jamais alcançada antes." Nadja Soares Dantas.

Veja o vídeo sobre os canteiros de obras japoneses

Estes vídeos demostram a organização dos canteiros de obras japoneses. Sendo que ocorre o uso generalizado de equipamentos e de produtos pré fabricados, com uma mão de obra reduzida e muito bem especializada.
Sendo que no Brasil a situação é oposta, pois existem trabalhadores demais nos canteiros devido ao baixo custo da mão de obra, quando comparado com países como o Japão e os países Nórdicos. Além do pouco uso de equipamentos e normalmente com uma bagunça generalizada, sendo que muitas vezes não há se quer a presença de um Engenheiro no canteiro.

Vale a pena ver para almejarmos um dia estar próximos dessa realidade.

sábado, 16 de junho de 2007

Planejamento e Controle da Produção

Trabalho como executor de obras civis de pequeno e médio porte e sempre me questionei sobre o seguinte problema confrontado em todas as obras em que participei.
Como transformar a produção no canteiro de obras eficiente a ponto de se conseguir realizar um planejamento adequado no qual a grande maioria das metas sejam atingidas no prazo estipulado.
Devido a problemas como intempéries, fornecedores, incompatibilização de projetos entre outros a estipulação de prazos passa a ser um palpite que muitas vezes falha. Esta é a grande motivação dos meus estudos, que seria minimizar este tipo de erro de maneira fácil e que estimule a equipe a cumprir o prazo do serviço a ser executado.