sexta-feira, 1 de março de 2013

Palestra Lean Construction e novos modelos de gestão da produção na cadeia de fornecedores da Const Civil

Gostaria de informar sobre a palestra Jeffrey Liker, um dos maiores pesquisadores sobre o ‘Toyota Production System, metodologia que influenciou o Lean Construcion. Organizado pelo Lean Construction Institute Brasil, o evento “Lean Construction e os novos modelos de gestão da produção na cadeia de fornecedores da construção civil” acontecerá no dia 6 de março, das 8h às 18h30, no auditório do Amcham Business Center (Rua da Paz, 1431 – Chácara Santo Antônio – São Paulo/SP). Informações: (11) 5573-6937 ou adm@logicalconsultoria.com.br.

Um comentário:

Silvana Coelho disse...

Olá,estive na palestra e gostaria de relatar os tópicos abordados pelo Jeffrey Liker e Antonio Sergio Conte.

LEAN CONSTRUCTION: CONSTRUIR MAIS COM MENOS

O evento reuniu mais de uma centena de profissionais da área, entre construtores e fornecedores da cadeia da construção civil, e foi mediado por Antonio Sergio Conte e Jeffrey Liker, pesquisador da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e autor de diversos livros sobre o modelo de gestão da produção da Toyota, metodologia que influenciou a Lean Construction.

Antonio Sergio Itri Conte, presidente do Lean Construction Institute do Brasil, explicou os principais erros das construtoras ao executar projetos que podem ocasionar perda de competitividade devido a atrasos e constantes estouros em custo. Entre as principais causas para falhas no processo de produção no canteiro de obras estão: a falta de materiais, mão de obra, projetos e frentes de serviço compatíveis com o ritmo de obra planejado para o empreendimento. Assim, “o foco das contratações feitas pelas construtoras deve sempre buscar garantir o cumprimento do ritmo planejado. Porém, a obra é quem precisa definir o ritmo, e não os departamentos internos da empresa. Não adianta correr com uma etapa se a [etapa] seguinte não vai conseguir acompanhar o ritmo básico da produção adotado para o projeto. É aí que ocorrem as ociosidades e perdas de valores nos projetos”, explica o presidente.

Com a adoção do modelo, não é preciso se preocupar com o prazo em que o serviço vai acabar, mas sim com o início das etapas na data prevista e um grande esforço em manter o ritmo dentro do ciclo definido. “Então, terminar no prazo será consequência. A minha preocupação deve ser com a estabilidade dos ciclos. Esse é o segredo”, assegura Conte.

Jeffrey Liker contou como surgiu o Lean Manufacturing, originador da Lean Construction. Sakichi Toyoda, com a invenção de sua máquina de tear automática, foi quem influenciou seu filho, Kiichiro Toyoda, a adotar o conceito quando fundou a Toyota Motors Co, em 1937. Desde então, Kiichiro trabalhou para encontrar maneiras de inovar mesmo não tendo meios e escala para produzir como a Ford, que na época era referência mundial como produtora de automóveis. “Eles não tinham espaço e maquinário. Para se tornarem competitivos, pensaram em otimizar a produção com conceitos do Just In Time. Em três anos conseguiram se tornar nove vezes mais produtivos e se equiparar à Ford produzindo de acordo com a demanda que tinham”.

“Você identifica os problemas que tem e testa as soluções. Esse é o PDCA (Plan, Do, Check and Adjust) aplicado ao modelo proposto. O plano se baseia em identificar aonde você quer chegar e onde, de fato, está hoje”. Liker também explicou a importância da liderança dentro do processo Lean. “Quando as coisas andam bem dentro da empresa, certamente há um bom líder por trás”. O especialista contou sobre a necessidade de haver um ambiente interno organizado, com um time treinado e comprometido com as metas.

Cases de sucesso

O consultor Antonio Sergio Itri Conte, falou sobre o hotel Golden Flat, com 15.593 m² de área construída e 19 suítes por pavimento, estava previsto para ser entregue em maio de 2014. Após a implantação de técnicas da Lean Construction no canteiro de obras, a data prevista para a entrega passou para maio de 2013, ou seja, entrará um ano antes do prazo contratual. O consumo de homens/hora de servente por m² de construção agregado ficou 30% menor do que em relação a obras similares da empresa e o custo total da obra teve redução de 6% a 8%.